As vanguardas foram manifestações artístico-literárias que causaram ruptura na estética até então que era representar o ambiente da forma mais perfeita possível. Com o advento da fotografia, isso não era mais necessário, pois a fotografia já registrava o perfeito. Contra modelos e conceitos supervalorizados desde o Renascimento, os artistas passaram a criar retratos subjetivos e diferentes da realidade, buscando, assim, novas formas de expressão. Então a arte mudou para sempre sua função na história. São elas:
Surgiram como decorrência de uma quebra nos rumos das artes inaugurada pelo impressionismo. Duchamp provocou polemica levou discussão da arte em outros patamares. Nenhuma das vanguardas foi bem recebida em sua época, quebravam tantos padrões da época que chegavam a serem vistas como desrespeito. Qualquer coisa pode ser arte. Todas as vanguardas sempre quebram algum ícone clássico da arte. A arte de vanguarda se propõe a provocar o mal estar, discussões.
- Dadaísmo: Continha o espírito crítico e a abertura de horizontes. Tinha como propósito expressar seus sentimentos, como a indignação pela 1ª Guerra Mundial. Incluindo as instituições políticas, sociais e artísticas. Para os dadaístas, mais que registrar impressões ou sentimentos, era preciso destruir modelos lógicos e racionais e criar novos, baseados na anarquia e no irracional.
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Duchamp, um dos principais ícones do Dadaísmo. Tudo era considerado arte pelos vanguardistas. |
- Abstracionismo: Nesta vanguarda, o objetivo era que as pessoas olhassem as obras e não saberem mais o que está acontecendo diretamente. Esta rejeita jogos de outros períodos de sombra e luz, contraste, volume, profundidade. Abstrair estes elementos, uma dimensão, bastante cor viva em composições completamente abstratas.

Kandinsky, um dos principais abstracionistas da época.
- Fauvismo: Explosão de cores e a cor sólida, não as tonalidades em degradê. Cor artificial, não tem jogo de luz nem sombra, mas em termos daquilo de que é representado é mais figurativo em relação ao abstracionismo. Enxergamos figura, mas representada distante de uma representação clássica.

Henri Matisse, ícone do Fauvismo. Cores mais sólidas, sem degradê. Contorno bem marcado.
- Futurismo: Vanguarda com maior interferência na moda. Documentos como tratados da vanguarda, quase como uma carta de intenções. Abordagem mais figurativa ou não, depende do artista. Nome por entender que no início do século XX tivemos tanto avanço de tecnologia que se tinha impressão naquele momento que o homem tinha chegado no futuro. Novidades de ruas calçadas, luz elétrica, automóvel circulando, vida urbana intensa, novidades para o século. Representam o que há de mais moderno. Homenagear o momento que se chegou até o momento, a capacidade do ser humano de desenvolver tecnologia e apresentar para o mundo. Homem muito orgulhoso de si mesmo, de suas conquistas. Eletricidade e universo das máquinas. Audácia. Temas com impressão de movimento. Marcado pela evolução da ciência, da física.


Giacomo Balla, representação dando sensação de movimento sempre em suas obras assim como todos os futuristas.
- Cubismo: Inovar ao pintar sem o limite de um único ponto de vista, dando ênfase à imaginação do artista e desestruturando a realidade com formas geométricas. O propósito da arte cubista era promover a decomposição, a fragmentação das formas. Os artistas apostaram na visualização simultânea (diversos pontos de vista) partindo da análise de um objeto, poderia ser visto de diversos ângulos e ter múltiplos significados, embora a obra como um todo fosse sempre harmoniosa e reconhecida como um todo.


Pablo Picasso, um dos grandes artistas das vanguardas, em sua fase cubista.
- Expressionismo: Surgiu na Alemanha como oposição ao impressionismo. Os artistas desta vanguarda ao invés de apresentar o mundo real, apresentavam-no conforme seus sentimentos intepretavam sua noção de mundo, pintavam suas emoções no quadro a fim de registrar sua impressão do mundo em determinado momento. Dar forma em como viam o mundo. Por isso, as cores eram modificadas e as figuras, deformadas.


- Surrealismo: Vanguarda onde "o pensamento que é expresso na ausência de qualquer controle exercido pela razão e alheio a todas as considerações morais e estéticas”, como propunha André Breton. Surgida em 1924, logo após a 1º Guerra Mundial trouxe para a arte questões relacionadas à psicanálise. A arte, neste momento, deve surgir do inconsciente sem que exista interferência da razão. Aborda fantasia, devaneios e até mesmo loucura.


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